João Pessoa, 15 de maio de 2025 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Nos últimos tempos, o mundo girando ao contrário com os bebês reborn se tornado um verdadeiro fenômeno. Bicho papão perde feio. Para quem não conhece, esses bonecos hiper-realistas são feitos para parecerem bebês de verdade, com detalhes minuciosos que incluem até veias e rugas. E choram, e mamam no imaginário dos papais sem cabeça.
O que começou como uma forma de arte e hobby para alguns agora tomou proporções inesperadas, nebulosas, chegando até aos tribunais. e tais. Sim, você leu certo! Já existem casos na justiça envolvendo essas pequenas “criações” surrealistas.
A primeira vez que ouvi sobre os bebês reborn, confesso que achei um pouco estranho. Como alguém poderia se apegar tanto a um boneco? Mas, à medida que fui me aprofundando, percebi que a história vai muito além do que os olhos podem ver. Muitas pessoas encontram conforto e companhia em seus reborns. Ok, normal para uma civilização mal resolvida. Para algumas mães que perderam filhos, esses bonecos representam uma forma de lidar com a dor da perda. Para outras, são uma maneira de reviver momentos da maternidade. E aí está o paradoxo: algo tão vívido e cheio de vida pode ser apenas um objeto inanimado. Vai encarar?
Essa paixão não vem sem controvérsias. Nos últimos meses, relatos de disputas judiciais começaram a surgir. Algumas pessoas estão processando artistas e fabricantes por questões como propriedade intelectual e direitos autorais sobre as técnicas utilizadas para criar esses bebês. E o mais insano: já existem até casos de casais em processo de separação brigando na justiça pela “guarda” do bebê reborn! É uma loucura! Não, não é, uma irrealidade do mundo cão. O que antes era uma troca saudável entre entusiastas agora virou campo de batalha judicial.
Além disso, o mercado dos reborns está crescendo exageradamente. Tem precinhos camardadas e preços altissimos. Quem vai pagar essa conta? Com isso, surgem questões éticas e morais: até onde podemos ir? Ira para aonde? Por trás da arte existe uma linha tênue entre o real e o artificial, entre o carinho e a obsessão. O fenômeno dos bebês reborn nos faz refletir sobre os limites da nossa necessidade de conexão emocional numa hecatombes total.
Seguimos nessa nova era da maternidade digital, onde os sentimentos são tão reais quanto as controvérsias que surgem. Os bebês reborn nos ensinam sobre amor, perda e a complexidade das relações humanas. É o fim dos tempos. Se estamos prontos para abraçar essa loucura ou não, só o tempo dirá. Enquanto isso, fico aqui pensando: será que um dia veremos um bebê reborn sendo levado ao tribunal como testemunha? A vida é oca!
De última hora veio a noticia que videntes prevêm que bebês reborns serão habitados por espíritos. Será o benedito?
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EM SANTA RITA - 13/06/2025